quarta-feira, 25 de julho de 2012

Fidelidade

MANANCIAL RECLUSO, FONTE SELADA
A traição provoca danos e deixa cicatrizes, mesmo quando há arrependimento
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O casamento nasceu no céu, não na terra. Nasceu no coração de Deus, não no do homem. Deus é idealizador, arquiteto, edificador, protetor, e galardoador do casamento, primeira instituição divina.
O casamento pré-existe à própria Igreja. É uma aliança de amor e de um compromisso de fidelidade, onde Deus apresenta-se como suprema testemunha. O mesmo Deus que instituiu o casamento estabeleceu princípios claros para conduzi-lo à fidelidade.
Agostinho disse que, quanto mais escravos de Cristo somos, mais livres nos sentimos. Este princípio pode ser visto de forma extraordinária em relação à fidelidade conjugal. A infidelidade conjugal é traição, é apostasia do amor, é quebra de aliança, é ingratidão consumada, é violência inominável contra o cônjuge. A Bíblia nos ensina alguns princípios essenciais sobre a fidelidade conjugal.

A fidelidade conjugal é um caminho estabelecido pelo próprio Deus
Deus instituiu o casamento com leis claras e balizas definidas. Em primeiro lugar, o casamento é heterossexual. Deus criou um homem e uma mulher. A união homossexual é uma aberração e uma abominação aos olhos de Deus.
Em segundo lugar, o casamento é monogâmico. Deus não criou várias mulheres para um só homem (poligenia), nem criou vários homens para uma só mulher (poliandria). No coração do homem não há espaço para amar mais de uma mulher.
Salomão tinha mil mulheres, e dentre elas não encontrou nenhuma porque, no seu coração, só havia espaço para uma mulher.
Em terceiro lugar o casamento é monossomático. Os dois homens (homem e mulher), através do casamento tornam-se uma só carne. O sexo antes do casamento é uma perversão do amor. Porém, no casamento, o sexo é seguro, santo e puro. A Bíblia diz que digno de honra entre todos seja o matrimônio e o leito sem mácula (Hebreus 13.4). Finalmente, o casamento é indissolúvel. As Escrituras dizem: “O que Deus uniu, não separe o homem.” Por isso, Deus odeia o divórcio (Malaquias 2.14). Esses parâmetros revelam que a fidelidade conjugal, muito antes de ser uma convenção, é um princípio vital e imutável do próprio Deus.
A fidelidade conjugal é um caminho traçado antecipadamente pelos cônjuges
A fidelidade conjugal é uma decisão que se toma com consciência, movida pelo amor. Não se pode deixar para decidir sobre essa questão sob a tentação da sedução. Ninguém é forte o suficiente para lidar com as paixões da carne. Ser forte fugir como José fugiu do Egito. Ele fugiu porque aquela era uma questão já decidida no seu coração. Um cônjuge fiel evita os lugares escorregadios da sedução, tapa os ouvidos para as vozes melíflua e tentadoras que convidam para o pecado.
O casamento não precisa, nem pode ser um campo seco e sem vida. Ele precisa ser um jardim engrinaldado de flores, um pomar luxuriantes de frutos excelentes, um manancial de vida exuberante. Amar é cultivar o romantismo é investir no cônjuge, é buscar a sua felicidade e fazer do casamento não o cenário cinzento de uma vida monótona e marcada pela rotina, mas um lugar de vida plena, radiante e cheia de sublimes conquistas.
A fidelidade conjugal é um caminho seguro para um casamento saudável
Não há casamento seguro, saudável e feliz onde existe infidelidade conjugal. Trair o cônjuge é apunhalá-lo pelas costas; é pisar com escárnio os votos assumidos; é pecar contra o Deus, que instituiu o casamento; contra o cônjuge, com quem um dia fez uma aliança de amor; contra a família, contra os filhos e contra si mesmo, pois quem comete adultério peca contra o seu próprio corpo.
A fidelidade conjugal é um caminho para proteção dos cônjuges dos terríveis inimigos
A aventura amorosa fora do casamento é um atentado terrorista contra a família. Por mais que o mundo moderno incentive e encare com normalidade a infidelidade conjugal, ela sempre traz em sua bagagem uma herança inglória. A Bíblia diz que quem zomba do pecado é louco. “O que adultera com uma mulher está fora de si; só mesmo quem quer arruinar-se é que pratica tal coisa” (Provérbios 6.32). O casamento está sendo bombardeado com arsenal pesado. É tempo de alcançarmos nossa voz e dizer que a fidelidade conjugal é um manancial recluso e uma fonte selada.
A fidelidade conjugal é um caminho para se cultivar um amor sincero e profundo
Quem ama confia. Quem ama respeita. Quem ama devota-se à pessoa amada. O cônjuge precisa ser um manancial recluso e uma fonte selada (Cantares 4:12). A mulher precisa proclamar com segurança: “Eu sou do meu amado e o meu amado é meu” (Cantares 6:3). Não há amor verdadeiro onde não há o sentimento de pertencimento. Onde não há fidelidade, em vez de crescer o amor, floresce a mágoa. Onde há traição, em vez de alegria, reina o choro.
A infidelidade conjugal é o solo onde cresce a erva daninha da amargura. É promotora da depressão e de outras graves doenças emocionais, de divórcios dolorosos, de filhos traumatizantes e envergonhados. A infidelidade conjugal é um engodo. A cama do adultério pode ser macia e cheia de encantos, mas ela deixa espinhos no coração, peso na consciência e tormentos na alma. Somente o temor do Senhor, o compromisso de fidelidade e o amor altruísta podem livrar o cônjuge da sedução, das propostas fáceis, das ofertas tentadoras.
A fidelidade conjugal é um caminho para uma velhice ditosa e um legado digno de ser imitado
Muitos casais que começam bem a jornada da vida conjugal, caem no pântano lodacento do adultério. Embora alguns sejam perdoados, não conseguem tirar as farpas do coração nem as cicatrizes da alma. Muitos casais que serviram de modelo para os mais jovens estão hoje cobertos de opróbrio porque deixaram de vigiar e tropeçaram nas mesmas balizas que lhes indicavam o caminho. Vários homens e mulheres perderam a autoridade de ensinar e exortar os seus filhos porque se sentem desqualificados pelos seus fracassos. Depois que o rei Davi adulterou com Bate-Seba, nunca mais conseguiu corrigir seus filhos. A culpa latente o impediu de exercer com plenitude o seu ministério paternal. A fidelidade conjugal é o melhor preventivo contra o veneno que tenta asfixiar o casamento; é o melhor escudo contra os torpedos que são lançados contra a família. Somente um casal fiel saboreia os doces frutos de um amor sem reservas e lega aos aos filhos um exemplo digno de ser imitado.
Matéria extraída da revista Lar Cristão pelo pastor Hernandes Dias Lopes

Um comentário:

  1. Excelente postagem! Com certeza o tema abordado deveria ser lido - e praticado - por todos os casais! Só quando há verdadeiro amor não sobra espaço para a infidelidade!

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