quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Série: Como anda o seu casamento?

Como prometido no post sobre “A Mulher dos Sonhos de seu Marido”, começaremos uma série onde examinaremos os casamentos da Bíblia. Será que estamos vivendo de acordo com os princípios bíblicos? Será que o que eu tenho feito para meu marido/esposa, está certo? Será que tenho falado demais quando o silêncio é necessário? Será que tenho desencorajado quando o meu papel principal é encorajar, animar, motivar?
Somente a Palavra de Deus pode nos responder a todas essas perguntas. Ao nos depararmos com cada casamento contido na Palavra de Deus, teremos o dever de olhar para nós e reconhecer aquilo que temos feito para ruína de nossa família e aquilo que Deus nos tem levado a fazer para edificação. Poderemos deixar de errar mais e aprender com os erros destas pessoas que viveram muito tempos antes de nós e que lidaram com conflitos que ainda persiste em nosso século.
Que o Senhor nos encoraje, nos fortaleça e nos encha com Seu Espírito para que possamos concertar aquilo que está errado, e com maior afinco continuar fazendo aquilo que está certo, segundo a vontade de Deus!
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Hoje, iremos estrear esta série com a história de Jó.

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A história de Jó começa com uma descrição de como o mesmo era. Percebemos que ele era um homem íntegro, temente a Deus e que se desviava do mal. Permite-nos saber quantos filhos e filhas Jó tinha; quantos animais e rebanhos possuía; como Jó temia ao Senhor e liderava seus filhos espiritualmente, como um perfeito sacerdote de seu lar.

“Havia um homem na terra de Uz, cujo nome era Jó; e era este homem íntegro, reto e temente a Deus e desviava-se do mal.
E nasceram-lhe sete filhos e três filhas.
E o seu gado era de sete mil ovelhas, três mil camelos, quinhentas juntas de bois e quinhentas jumentas; eram também muitíssimos os servos a seu serviço, de maneira que este homem era maior do que todos os do oriente.
E iam seus filhos à casa uns dos outros e faziam banquetes cada um por sua vez; e mandavam convidar as suas três irmãs a comerem e beberem com eles.
Sucedia, pois, que, decorrido o turno de dias de seus banquetes, enviava Jó, e os santificava, e se levantava de madrugada, e oferecia holocaustos segundo o número de todos eles; porque dizia Jó: Porventura pecaram meus filhos, e amaldiçoaram a Deus no seu coração. Assim fazia Jó continuamente.”
Jó 1:1-5

Sendo assim, podemos imaginar que a mulher de Jó deveria ser uma mulher muito feliz! Não pelo o que Jó possuía aqui na terra, mas sim por ter uma homem de Deus ao seu lado. Será que ela valorizava mais o dinheiro de Jó do que ele mesmo? Será que ela buscava a Deus como ele? Como ela o encorajava a servir e dedicar-se a Deus?
Pode ser que ela não estava pensando muito nessas coisas. Afinal de contas, ela era praticamente uma rainha, pelo menos devia viver como uma! Seu marido possuía tantas coisas que ela devia sempre ter tido do bom e do melhor. Com certeza, Jó não negava nada do que ela pedia. Ela devia ter muitas servas à sua disposição! Podia comprar tudo o o que ela desejasse: roupas, anéis, joias, sapatos, mobílias lindas para sua casa, e muito mais! Se fosse nos dias de hoje, com certeza, o shopping seria sua maior diversão.
Devemos questionar se ela usufruía o dinheiro com sabedoria… Será que ela agradecia a Deus pelo bem de ter-lhes concedido tanta riqueza assim? Será que ao menos ela se lembrava de Deus?
Algo é certo: nossa fé só é provada quando tudo o que estimamos se vai.

Seguindo o capítulo 1 de Jó vemos que as coisas começaram a mudar. De repente um mensageiro veio até Jó e disse que os sabeus (tribos nômades da Arábia, que faziam invasões roubando e matando), roubaram as jumentas e os bois e mataram os servos, que estavam com esses animais, a fio da espada. Este mensageiro ainda falava quando veio outro e disse que fogo de Deus caiu do céu queimando as ovelhas e aos servos, consumindo-os; Outro mensageiro entrou na mesma hora e anunciou que os caldeus (povo semita radicado ao sul da Mesopotâmia) dividiram-se em três bandos, roubaram os camelos e mataram os servos; outro na mesma hora veio dizendo que levantou um vento do lado do deserto, soprando sobre a casa do filho primogênito de Jó, no qual estava dando um banquete juntamente com todos os seus irmãos, e a casa desabou sobre todos eles, levando-os a morte.
Qual foi a atitude de Jó?
Não estamos falando sobre coisinhas que podem acontecer em nosso dia a dia. Estamos falando sobre desastres mesmo! Perda total! Suas crias foram roubadas e seus servos mortos, mais do que isso, todos os filhos de Jó morreram!
Acredito que estamos em uma geração tão mimada, espiritualmente falando, que se isso acontecesse com alguma outra pessoa, certamente as costas seriam completamente voltadas para Deus!

Jó por sua vez “se levantou, rasgou o seu manto, rapou a cabeça e lançou-se em terra e adorou; e disse: Nu saí do ventre da minha mãe e nu voltarei; o Senhor o deu e o Senhor o tomou; bendito seja o nome do Senhor! Em tudo isto Jó não pecou, nem atribuiu a Deus falta alguma” (v.20-21).
Uma das frases mais lindas referente a atitude de Jó é esta: Em tudo isto Jó não pecou, nem atribuiu a Deus falta alguma!
Pensou que acabou por aqui? Não! Além de tudo isso que sucedeu, vemos no capítulo 2 que Jó foi ferido com tumores malignos, desde a planta do pé até o alto da cabeça. Então ele, sentado em cinza, tomou um caco para com ele raspar-se.
Gente, imagina quanta dor, quanta aflição ele não sofreu! Ainda sim, sabemos que Deus não faz nada em vão, mas quando estamos passando por situações tão difíceis, pensamos apenas que estamos acabados e que não haverá mais esperança. Tudo o que queremos é sair de todo o sofrimento, ver no que isso irá resultar. Brigamos com Deus, colocamos a culpa nas pessoas, falamos coisas horríveis, mas Deus está vendo tudo, com o propósito de fazer tudo cooperar para o bem daqueles que O amam (Romanos 8:28)!
Até aqui não temos qualquer notícia da mulher de Jó, mas quando chegamos em Jó 2:9, a fala dela é mostrada! Uau! Com certeza, pensamos, ela vai abraçar ele, dizer que está tudo bem, Deus vai ajudar; ela está com ele em todos os momentos, na saúde ou doença, na riqueza, ou na pobreza, até que a morte os separe, amém! NÃO! Ela não diz isso… na verdade o que ela disse foi o seguinte:

“Ainda conservas a tua integridade? Amaldiçoa a Deus e morre” (v. 9).

Sabe o que mais me entristece? Muitas vezes não dizemos esta frase, mas dizemos coisas bem parecidas aos nossos maridos. Muitas vezes agimos como inimiga ao invés de amiga; o culpamos, o ignoramos quando tudo o que precisamos fazer é demonstrar o amor de Cristo através de nossas vidas!
Não seja o principal empecilho em sua vida! Lute com ele; saiba viver em todas condições, diga com ele “tudo posso naquele que me fortalece”, mostre que você está junto, que não é necessariamente apenas uma espectadora dos acontecimentos de sua vida; interceda por ele; ore com ele; incentive-o a continuar; edifique sua casa como uma mulher sábia… não destrua!

Jó ao ouvir sua esposa, disse “falas como qualquer doida; temos recebido o bem de deus e não receberíamos também o mal? Em tudo isto não pecou Jó com os seus lábios” (v.10)

Existe uma história que me marca até hoje sobre o que o Reverendo E.V. Hill, contou no funeral de sua esposa Jane:

Pouco tempo depois do fiasco como posto de gasolina, E.V. chegou uma noite em casa e encontrou tudo apagado. Quando ele abriu a porta, viu que Jane tinha preparado um jantar à velas para os dois.
”O que isto significa?” ele disse com seu humor característico.
“Bem,” disse Jane, “vamos comer à luz de velas esta noite.”
E.V. achou aquilo uma grande ideia e foi para o banheiro lavar as mãos. Ele tentou acender a luz e não conseguiu. Então tateou até o quarto e apertou outro interruptor. A escuridão continuava. O jovem pastor voltou para a sala de jantar e perguntou a Jane por que a eletricidade estava cortada. Ela começou a chorar.
”Você trabalha tanto e estamos tentando,” disse Jane, “mas é muito difícil. Eu não tinha dinheiro suficiente para pagar a conta de luz. Não queria que você soubesse então achei que deveríamos comer à luz de velas.”
O Dr, Hill descreveu as palavras de sua esposa com intensa emoção: “Ela poderia ter dito: ‘Nunca passei por uma  situação assim antes. Fui criada na casa do Dr. Caruthers e nunca tivemos a luz cortada.’ Ela poderia ter magoado meu espírito; ela poderia ter me destruído; ela poderia ter me desmoralizado. ao invés disto ela disse: “De algum modo a luz voltará. Mas vamos comer hoje à luz de velas.”

Sem palavras para um relato como este.

Mulheres queiram aparecer de certa forma, na história de seu marido como uma auxiliadora, alguém que faz bem a ele, e não mal, todos os dias de sua vida (Provérbios 31:12)!

Homens não abandonem a integridade de suas vidas. Busquem sim! ser o sacerdote, o cabeça do lar de vocês e orem por suas esposas para que o trabalho que Deus quer que vocês façam nesta vida, sejam marcados por obediência a vontade soberana de Deus!

De certa forma, “a luz voltou na vida de Jó”, Deus restituiu tudo o que ele havia perdido em dobro (Jó 42:10), mas as palavras de sua mulher de forma alguma puderam voltar.
Engulam palavras que não irão edificá-lo. Chame o Espírito Santo para te capacitar, sendo assim, você verá um homem ao seu lado, confiante e realizado independente das circunstâncias a sua volta, mas porque ele sabe que sua mulher terá sempre uma atitude de contentamento e esperança em Deus!
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“Procuro alguém que acenda velas ao invés de amaldiçoar a escuridão” – Joshua Harris, Eu disse adeus ao namoro.

“Tenho uma renda de seis dígitos e dou um duro danado para que minha esposa não precise trabalhar fora – mas raramente me sinto valorizado. Ao contrário, sinto-me um estorvo por sujar o chão de vez em quando ou deixar uma xícara fora do lugar” – Jim, A mulher dos sonhos de seu marido.

“Há uma coisa que poderia deixar nosso casamento melhor: eu gostaria que minha mulher me valorizasse e encorajasse – mas já conversamos sobre isso várias vezes e acho que nada vai mudar” – Jack, A mulher dos sonhos de seu marido.

“Gostaria que minha mulher entendesse como é importante, para o marido, ser valorizado” – Curt, A mulher dos sonhos de seu marido.

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