sábado, 1 de fevereiro de 2014

A Criação!

Gn 1:1 “No princípio, criou Deus os céus e a terra.”

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O DEUS DA CRIAÇÃO

Deus se revela na Bíblia como um ser infinito, eterno e auto-existente e como a Causa Primária de tudo o que existe. Nunca houve um momento em que Deus não existisse. Conforme afirma Moisés: “Antes que os montes nascessem, ou que formasses a terra e o mundo, sim, de eternidade a eternidade, tu és Deus” (Salmos 90:2). Noutras palavras, Deus existiu eterna e infinitamente antes de criar o universo finito. Ele é anterior a toda criação, no céu e na terra, está acima e independe dela.

Deus se revela como um ser pessoal que criou Adão e Eva “à sua imagem” (Gn 1:27). Porque Adão e Eva foram criados à imagem de Deus, podiam comunicar-se com Ele, e também com Ele ter comunhão de modo amoroso e pessoal.

Deus também se revela como um ser moral que criou tudo bom e, portanto, sem pecado. Ao terminar Deus a obra da criação, comtemplou tudo o que fizera e observou que era “muito bom” (Gn 1:31). Posto que Adão e Eva foram criados à imagem e semelhança de Deus, eles também não tinham pecado. O pecado entrou na existência humana quando Eva foi tentada pela serpente, ou Satanás (Gn 3; Rm 5:12; Ap 12:9).

A ATIVIDADE DA CRIAÇÃO

Deus criou todas as coisas em “os céus e a terra” (Gn 1:1; Is 40:28; 42:5; 45:18; Mc 13:19; Ef 3:9; Cl 1:16; Hb 1:2; Ap 10:6). O verbo “criar” (hb. “bará”) é usado exclusivamente em referência a uma atividade que somente Deus pode realizar. Significa que, num momento específico , Deus criou a matéria e a substância, que antes nunca existiram.

A Bíblia diz que no princípio da criação a terra estava informe, vazia e coberta de trevas (Gn 1:2). Naquele tempo o universo não tinha a forma ordenada que tem agora. O mundo estava vazio, sem nenhum ser vivente e destituído do mínimo vestígio de luz. Passada essa etapa inicial, Deus criou a luz para dissipar as trevas (Gn 1:3-5), deu forma ao universo (1:6-13) e encheu a terra de seres viventes (1: 20-28).

O método que Deus usou na criação foi o poder da sua palavra. Repetidas vezes está declarado: “E disse Deus…” (Gn 1:3,6,11,14,20,24,26). Noutras palavras, Deus falou e os céus e a terra passaram a existir. Antes da palavra criadora de Deus, eles não existiam (Sl 33:6,9; 148:5; Is 48:13; Rm 4:17; Hb 11:3).

Toda a Trindade, e não apenas o Pai desempenhou sua parte na criação

(a) O próprio Filho é a Palavra (“Verbo”) poderosa, através de quem Deus criou todas as coisas. No prólogo do Evangelho segundo João, Cristo é revelado como a eterna Palavra de Deus (Jo 1:1). “Todas as coisas foram feitas por Ele, e sem Ele nada do que foi feito se fez” (Jo 1:3). Semelhantemente, o apóstolo Paulo afirma que por Cristo “foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis… tudo foi criado por Ele e para Ele” (Cl 1:16). Finalmente o autor do Livro de Hebreus afirma enfaticamente que Deus fez o universo por meio do seu Filho (Hb 1:2).

(b) Semelhantemente, o Espírito Santo desempenhou um papel ativo na obra da criação. Ele é descrito como “pairando” (“se movia”) sobre a criação, preservando-a e preparando-a para as atividades criadoras adicionais de Deus. A palavra hebraica traduzida por “Espírito” (ruah) também pode ser traduzida por “vento” e “fôlego”. Por isso, o salmista testifica do papel do Espírito, ao declarar: “Pela palavra do Senhor foram feitos os céus; e todo o exército deles, pelo espírito (ruah) da sua boca” (Sl 33:6). Além disso, o Espírito Santo continua a manter e sustentar a criação (Jó 33:4; Sl 104:30).

O PROPÓSITO E O ALVO DA CRIAÇÃO

Deus tinha razões específicas para criar o mundo

Deus criou os céus e a terra como manifestação da sua glória, majestade e poder. Davi diz: “Os céus manifestam a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos” (Sl 19:1). Ao olharmos a totalidade do cosmo criado – desde a imensa expansão do universo, à beleza e à ordem da natureza – ficamos tomados de temor reverente ante a majestade do Senhor Deus, nosso Criador.

Deus criou os céus e a terra para receber a glória e honra que lhe são devidas. Todos os elementos da natureza – o sol e a lua, as árvores da florestas, a chuva e a neve, os rios e os córregos, as colinas e as montanhas, os animais e as aves – rendem louvores ao Deus que os criou (Sl 98:7,8; 148:1-10; Is 55:12). Quanto mais Deus deseja e espera receber glória e louvor dos seres humanos!

Deus criou a terra para prover um lugar onde o seu propósito e alvos para humanidade fossem cumpridos

(a) Deus criou Adão e Eva à sua própria imagem, para comunhão amóravel e pessoal com o ser humano por toda a eternidade. Deus projetou o ser humano como um ser trino e uno (corpo, alma e espírito), que possui mente, emoção, vontade para que possa comunicar-se espontaneamente com Ele como Senhor, adorá-lo e servi-lo com fé, lealdade e gratidão.

(b) Deus desejou de tal maneira esse relacionamento com a raça humana que, quando Satanás conseguiu tentar Adão e Eva a ponto de se rebelarem contra Deus e desobedecer ao seu mandamento, Ele prometeu enviar um Salvador para redimir a humanidade das consequências do pecado. Daí Deus teria um povo para sua própria possessão, cujo prazer estaria nEle, que o glorificaria, e que viveria em retidão e santidade diante dEle (Is 60:21; 61:1-3; Ef 1:11,12; 1 Pe 2:9).

(c) A culminação do propósito de Deus na criação está no livro do Apocalipse, onde João descreve o fim da história com estas palavras: “… com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles e será o seu Deus” (Ap 21:3).

CRIAÇÃO E EVOLUÇÃO

A evolução é o ponto de vista predominante, proposto pela comunidade científica e educacional do mundo atual, em se tratando da origem da vida e do universo. Quem crê, de fato, na Bíblia deve atentar para estas quatro observações a respeito da evolução:

1. A evolução é uma tentativa naturalista para explicar a origem e o desenvolvimento do universo. Tal intento começa com a pressuposição de que não existe nenhum Criado pessoal e divino que criou e formou o mundo; pelo contrário, tudo veio a existir mediante uma série de acontecimentos que decorreram por acaso, ao longo de bilhões de anos. Os postulantes da evolução alegam possuir dados científicos que apoiam a sua hipótese.

2. O ensino evolucionista não é realmente científico. Segundo o método científico, toda conclusão deve basear-se nas em evidências incontestáveis, oriundas de experiências que podem ser reproduzidas em qualquer laboratório. No entanto, nenhum experiência foi realizada, nem poderá sê-lo, para testar e comprovar teorias em torno da origem da matéria a partir de um hipotético “grande estrondo”, ou do desenvolvimento gradual dos seres vivos, a partir das formas mais simples às mais complexas. Por conseguinte, a evolução é uma hipótese sem “evidência” científica, e somente quem crê em teorias humanas é que poderá aceitá-la. A fé do povo de Deus, pelo contrário, firma-se no Senhor e na sua revelação inspirada, a qual declara que Ele é quem criou do nada todas as coisas (Hb 11:3).

3. É inegável que alterações e melhoramentos ocorrem em várias espécies de seres viventes. Por exemplo: algumas variedades dentro de várias espécies estão se extinguindo; por outro lado, ocasionalmente vemos novas raças surgindo dentre algumas espécies. Não há, porém, nenhum a evidência, nem sequer no registro geológico, a apoiar a teoria de que um tipo de ser vivente já evoluiu doutro tipo. Pelo contrário, as evidências existentes apóiam a declaração da Bíblia, que Deus criou cada criatura vivente “conforme sua espécie” (Gn 1:21,2425).

4. Os crentes na Bíblia devem, também, rejeitar a teoria chamada evolução teísta. Essa teoria aceita a maioria das conclusões uma evolução naturalista; apenas acrescenta que Deus deu início ao processo evolutivo. Essa teoria nega a revelação bíblica que atribui a Deus um papel ativo em todos os aspectos da criação. Por exemplo, todos os verbos principais em Genesis 1 têm Deus como seu sujeito, a não ser em 1:12 (que cumpre o mandamento de Deus no v. 11) e a frase repetida “E foi a tarde e a manhã”. Deus não é um supervisor indiferente, de um processo evolutivo; pelo contrário, é o Criador ativo de todas as coisas (Cl 1:16).

Estudo extraído da Bíblia Pentecostal

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