O Peregrino- John Bunyan
O Peregrino - A Viagem do Cristão da Cidade da Destruição
para a Jerusalém Celestial é um livro escrito por John Bunyan e publicado na
Inglaterra em 1687. O livro é uma alegoria da vida cristã.
Bunyan relata, no prefácio e no posfácio, que escreveu O
Peregrino como uma forma de alerta aos perigos e vicissitudes enfrentados na
vida religiosa por aquele que seguem os ensinamentos bíblicos e buscam um
caminho de perfeição para alcançar a coroa da Vida Eterna, citada no livro do
Apocalipse na Bíblia. O Peregrino tenciona levar o leitor a refletir sobre como
deve ser vigilante na vida terrena, simbolizada pela jornada de Cristão.
Desde sua publicação, o livro jamais deixou de ser impresso.
Depois da Bíblia, este é o livro mais conhecido no meio cristão não somente de
fala inglesa, mas de diversas línguas, inclusive na China, onde o governo
comunista chegou a produzir 200 mil cópias que foram distribuídas em três dias.
O jovem peregrino chamado simplesmente Cristão, atormentado
pelo desejo de se ver livre do fardo pesado que carrega nas costas, segue sua
jornada por um caminho estreito, indicado por um homem chamado Evangelista,
pelo qual se pode alcançar a Cidade Celestial. Na narrativa, todas as
personagens e lugares que o peregrino depara levam nomes de estereótipos (como:
Hipocrisia, Boa-Vontade, Sr. Intérprete, gigante Desespero, A Cidade da
Destruição, O Castelo das Dúvidas, etc.) consoante os seus estilos,
características e personalidades.
No ínterim, surgem-lhe várias adversidades, nas quais ele
padece sofrimentos, chegando a perder-se, ser torturado e quase afogar-se.
Apesar de tudo, o protagonista mantém-se sempre sóbrio, encontrando auxílio no
companheiro de viagem Fiel, um concidadão seu. Mais adiante na trama, Fiel é
executado pelos infiéis da Feira das Vaidades que se opõem à busca dos dois
peregrinos. Contudo, Cristão acha outro companheiro, chamado Esperançoso, que
mais tarde lhe salvará a vida, e eles seguem a dura jornada até chegarem ao
destino almejado.
A obra é uma alegoria contada como fosse um sonho,
voltando-se sempre a extrair dos eventos narrados alguns ensinamentos bíblicos
de forma simbólica, nos moldes das parábolas bíblicas. John Bunyan também aí
infere certos fatos históricos do seu tempo, como a perseguição aos
protestantes, em especial aos da denominação do autor.
Escrito em 1678, durante o tempo em que John Bunyan
permaneceu na prisão por ter se rebelado contra a igreja oficial da Inglaterra,
"O Peregrino" espalhou-se rapidamente e é o segundo livro mais
vendido em todo o mundo, estando atrás apenas da Bíblia. Seis anos depois de
ver seu primeiro livro tornar-se um sucesso de vendas, Bunyan publicava o
segundo volume da obra, "A Peregrina". A história apresentada por
Bunyan é uma alegoria a vida de todos os homens em busca da cidade celestial.
Os personagens: Evangelista, Adulação, Malícia, Sábio Segundo o Mundo e os
lugares: Desfiladeiro do Desespero, Pântano da Desconfiança, Castelo da Dúvida,
Vale da Humilhação, Rio da Morte, entre outros, são maneiras brilhantes com o
qual Bunyan prende o leitor até o final de sua leitura.
Fiquem com Deus.
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