segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

A Parábola da Alegria

Vá e não peques mais

“Lá estava ela, sozinha e trêmula, diante daquele homem, que acabava de se levantar.
”Aonde foi todo mundo?”, perguntou ele, sorrindo. “Eles não a condenaram?”
”Não”, sussurrou ela em resposta olhando para baixo. “Nenhum deles, Senhor.”
Então, ele tomou o seu rosto em uma das mãos e lhe disse, com um sorriso afetuoso: “Nem eu tampouco a condeno.”
Em seguida, ficou sério, tal qual um pai que disciplina o filho, e concluiu: “Agora vá e não peque mais”.
A mulher se pôs a chorar, não de vergonha, como sentira antes, mas de alívio. Cristo havia salvado sua vida! Ele lhe devolvera o que os outros lhe tinham roubado. Ela estava arrependida, sentidamente arrependida. Finalmente encontrara Alguém capaz de carregar o seu sofrimento.”’’

“Ele não a condenou porque sabia que seria condenado em lugar dela.”

The Parable of Joy (A parábola da alegria), Michael Card

Operação Nínive–Dia 15

“As águas agitadas me envolveram, o abismo me cercou, as algas marinhas se enrolaram em minha cabeça. Afundei até chegar aos fundamentos dos montes; à terra embaixo, cujas trancas me aprisionaram para sempre. Mas tu trouxeste a minha vida de volta da sepultura, ó Senhor meu Deus!”

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O que será que Jonas desejava, enquanto estava nessa sepultura? Talvez uma Bíblia? Quem sabe uma vela? Ele estava em densas trevas. Ele não tinha uma lanterna e, mesmo que tivesse, não iria funcionar mesmo. Se ele tivesse um Novo Testamento de bolso, a água salgada teria colado as páginas e o ácido do suco gástrico corroído todas as bordas.
Jonas escorregava de um lado para o outro dentro da barriga do peixe e não havia nada que pudesse usar para se apoiar – a não ser a Palavra de Deus que ele havia memorizado e escondido em seu coração.
Não há nada de original na oração de Jonas. Ela é uma oração baseada nas Escrituras. Veja Salmos 18.4-6: “As cordas da morte me enredaram; as torrentes da destruição me surpreenderam. As cordas do Sheol me envolveram; os laços e morte me alcançaram. Na minha aflição clamei ao Senhor; gritei por socorro ao meu Deus. Do seu templo ele ouviu a minha voz; meu grito chegou à sua presença, aos seus ouvidos.” Não é uma citação direta, mas é possível encontrar um padrão. E existem outras, pois Jonas usa em sua oração citações dos Salmos 31, 50, 69 e 142.

Você possui recursos suficientes das Escrituras para usá-los quando se encontrar em circunstâncias desesperadoras e não tiver uma Bíblia com você? No dia 12 de março de 1973, a revista Time publicou um artigo sobre os prisioneiros de guerra mantidos no “Hanoi Hilton”. Um dos maiores projetos que os prisioneiros tinham feito era reconstruir a Bíblia através da memória coletiva que possuíam. Todos os que se lembravam de passagens bíblicas contribuíram. Eu fico pensando em quão fina seria essa Bíblia. Quão fina seria a minha Bíblia, se eu estivesse em uma situação parecida?
Ao longo dos anos, conheci diversos cristãos que passaram muito tempo na prisão por causa de sua fé. Os que tinham memorizado mais textos bíblicos antes de ser presos aparentemente sobreviveram melhor. Wang Ming Dao passou 23 anos na prisão. Ele disse: “Se eu soubesse que iria passar 23 anos sem uma Bíblia, teria gastado muito mais tempo memorizando as Escrituras”.
Quando chegarem os momentos mais obscuros da sua vida, o que lhe dará forças?

“Guardei no coração a tua palavra para não pecar contra ti.” Salmos 119.11

Créditos: Portas Abertas, Irmão André e Al Janssen