“Jogaste-me nas profundezas, no coração dos mares; correntezas formavam um turbilhão ao meu redor; todas as tuas ondas e vagas passaram sobre mim. Eu disse: Fui expulso da tua presença; contudo, olharei de novo para o teu santo templo.”
Jonas 2.3-4
Como será que Jonas se sentiu ao escorregar pela garganta do grande peixe e até mergulhar no suco gástrico da barriga do animal? Logo em seguida, aquela fera do mar nadou até as profundezas e, de repente, mudou o percurso e foi atrás de um cardume, engoliu alguns peixinhos e começou a nadar rapidamente em direção à superfície. Não existe nenhuma montanha-russa que tenha tantas voltas e desvios, e o passei de Jonas era terrível e não eletrizante. O passei ocorria na escuridão total. Assim é possível entender por que disse: “Fui expulso da tua presença”.
Quando estava na “barriga” do navio, Jonas dormiu enquanto os marinheiros estavam em uma reunião de oração. Agora, na barriga do peixe, Jonas teve um momento de oração único. Ele não estava lutando contra os elementos naturais, mas com o Senhor da Natureza. “Jogaste-me nas profundezas”, disse Jonas. Ele sabia que não haviam sido os marinheiros, mas Deus! Nesse momento, quando toda a esperança estava perdida, Jonas compreendeu o senhorio de Deus.
Ele é o Senhor dos céus e é o Senhor da terra. É o Senhor do mar e também do mundo habitado. Jonas tinha que entender essa verdade. O Senhor direcionou a tempestade para o ponto exato onde o barco de Jonas iria navegar. E Deus ordenou ao peixe que engolisse Jonas no momento exato em que ele foi atirado ao mar. Jonas não acreditada que veria a terra outra vez, e ele terminaria sua vida como comida de peixe. Sem mais opções, Jonas finalmente reconheceu que Deus era o Senhor da sua vida. É impossível reconhecer Deus como Senhor e não fazer o que Ele diz para fazer.
É por isso que nunca podemos dizer: “Não, Senhor!” É uma contradição. O senhorio exige obediência. Se balançarmos nossa mão para Deus e nos rebelarmos contra Suas ordens, Ele nos deixará fugir. Só que Ele é o Senhor de toda a natureza e, em algum momento, nós seremos forçados a nos submeter a Ele. Pedro teve uma visão, em Atos, de um lençol que descia dos céus com inúmeros animais impuros. Uma voz lhe dizia: “Mate e coma”. O apóstolo respondeu: “De modo nenhum, Senhor! Jamais comi algo impuro ou imundo”. Ele não iria salvar os romanos gentílicos, mas Deus repetiu a visão e Pedro entendeu a mensagem. Ao invés de fugir, ele foi para Cesareia e levou a mensagem de Deus ao centurião Cornélio e sua família. Jesus é o Senhor e Pedro reconheceu que deveria obedecer.
Jonas lutou para se render ao senhorio de Deus. Eu também luto. Será que vamos fugir? Ou vamos nos submeter?Nós oramos: “Venha o teu reino; seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu”. Será que levamos a sério essas palavras quando oramos? Estamos dispostos a ser parte da resposta de Deus a essa oração? Não posso deixar de observar que nunca passou pela cabeça de Jonas orar por Nínive.
Créditos: Portas Abertas, Irmão André & Al Janssen
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